EXIBIDAS EM 2013
Não é todo dia que vemos um brasileiro protagonizando algo no MET. Que esse brasileiro
tenha a coragem e o talento para encabeçar The Nose, ópera frenética e maluca do Shostakovich, bem, não é todo dia mesmo. A produção de William Kentridge fica tumultuada até demais em algumas cenas, mas não deixa de ser uma das coisas mais legais que aconteceram no MET ano passado.
(Só não falo que foi a mais legal porque, para a minha vergonha, ainda não assisti o Parsifal do Girard)
Glyndebourne é um dos lugares mais legais do mundo. De lá saiu uma das minhas produções
favoritas de todos os tempos, o Giulio Cesare do McVicar. Seria lá a casa oficial das
produções barrocas loucas? Ainda bem. Minha parte favorita foi o ato II, hades-motor de geladeira
e parques-moscas. E claro, qualquer cena com Sarah Connolly.
Não que eu tenha adorado a produção, mas eu preciso claro, agradecer
à ROH pela oportunidade de finalmente ver o Onegin do Keenlyside (que se vocês não sabem,
é meu cantor vivo favorito).
Com a grana curta, só tive como viajar pra ver um live in HD ano passado.
E que tenha sido Maria Stuarda com a DiDonato, não reclamo. Musicalmente,
não é uma das minhas coisas favoritas, não sou a grande palhaça bel canto, mas
dramaticamente essa produção estava lá. Imagine só, uma soprano raspando a própria
cabeça pra interpretar a Rainha Elizabeth! Figlia impura di bolena...
Qualquer produção Wozzeck tem potencial pra ser pesada, de virar o estômago. E foi
exatamente isso que essa fez. Pra encarnar o isolamento social de Wozzeck, um grande
ator-cantor é necessário, e não preciso nem dizer que Keenlyside (sim, ele, de novo) é exatamente isso.
ASSISTIDAS PELA 1ª VEZ EM 2013
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